Falar da Mulher é um dos grandes prazeres que tenho. Observar cada movimento, pensamento, articulação me deixa sempre encantada.
Mais o que encanta realmente é ver uma Mulher que quebra as barreiras de uma sociedade, onde ainda em pleno 2022 vemos preconceitos, crenças, dificuldades para um crescimento pessoal e profissional.
A Mulher não precisa gritar para se impor, não precisa utilizar nenhum recurso extra para mostrar sua capacidade, ela apenas precisa deixar fluir, acontecer.
Precisamos parar de usar alguns clichês para nos dar a desculpa que tudo é muito difícil, impossível.
Em meu consultório, vejo mulheres com grande capacidade empreendedora, observo sua dinâmica, sua sagacidade de enxergar oportunidades em lugares que não foram explorados, ou melhor, se já foram conseguem criar algo novo para impactar uma nova visão.
Mas, muitas vezes, vejo essas mulheres com tanta capacidade parada, não acreditando que são capazes de fazer algo por si, por sua família e por uma sociedade. Acreditam que um processo de anulação pessoal é mais adequado, afinal de contas vivem para a família, somente para a família.
Em seus discursos mostram-se frustradas, comentam que os sonhos já foram embora, vivem as conquistas dos filhos e em outros momentos do marido. Fazem de tudo para serem a esposa perfeita ou a Mãe perfeita.
O tempo passa e muitas vezes a vida nos “prega peças”, e essa mulher que antes não tinha tempo para si, pois o outro sempre foi a sua prioridade se vê em situações de conflito, tendo realmente que “tomar as rédeas” e assumir novos papeis.
E assim se inicia uma nova empreendedora, que não sabe por onde começar. Apenas começa, sem estrutura, sem base, vai pelo “desespero” de não deixar o “barco afundar”.
Em alguns ou vários momentos, vão experimentando as oportunidades que chegam, sentindo que realmente pode fazer algo, mais sem a certeza se estão no caminho certo. Algumas continuam perdidas, outras descobrem seu caminho com medo, dor, culpa por ter que deixado de lado uma vida que idealizou.
Mesmo com dificuldades, ainda muitas têm resistência de buscar ajuda, sente-se bloqueadas, com medo ou receio de serem julgadas. As mais “atiradas” vão em frente, começam a olhar o mundo a sua volta com outros olhos.
Acreditam que podem fazer a diferença.
Iniciam seu empreendimento e começam a entender a necessidade de suporte para não “quebrar”, buscam grupos de mulheres, estudos sobre empreendedorismo. Se permitem abrir os horizontes, enxergar o que está certo e errado no seu novo universo.
Começam a acreditar no poder do seu produto, mais acima de tudo começam acreditar em seu potencial.
Essa nova Mulher Empreendedora quando abre sua visão descobre que tem uma “mina de ouro” em suas mãos. Ela entende que a partir desse momento não tem um “negocinho” e sim um negócio, entende que não ganha “dinheirinho” e sim dinheiro.
Observa que precisa ter dois capitais de giro, um dos produtos que comercializa e o outro a busca por qualificação. Esses dois movimentos não param, são dinâmicos e estão sempre em atividade.
Essas novas empreendedoras entendem que planejamento, organização, foco, dedicação é importante e com o tempo descobrem que além de serem empreendedoras podem ser Mães maravilhosas, pois conseguem administrar melhor seu tempo.
Essa Mulher sempre estará se reconstruindo, criando e cada vez mais sentindo que suas atuais escolhas fazem com que ela evolua tanto, como pessoa e como profissional.
Jaimara Laqua Falcão - Lider Educativa de Santos
Psicóloga, Hipnóloga e Neuropsicóloga